Eleve seu cosmo além das constelações. A guerra está para começar.
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Ficha Pronta - Kırmızı de Escorpião.

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Mensagem por Hrist de Polaris Sex Fev 27 2015, 20:39






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Kırmızı de Escorpião



Nome: Kırmızı (Em turco; vermelho)

Idade: 34 Anos (24/10/1709)

Sexo: Masculino

Signo:Escorpião

Reino: Athena (Sekai)

Veste: Armadura de ouro de Escorpião


Psicológico:


- Sobre inimigos

Extremamente confiante, Kirmizi não sente medo de "nada". Inimigos mais poderosos, sádicos, ou especialistas em diálogos que visem provocar o escorpião, perderão seu tempo. Sua personalidade é como a taça dos deuses, que sempre está na temperatura ideal. Ao menos que o adversário consiga gerar tédio em Kirmizi, o tédio age como um balde de água fria em cima do caloroso espírito do escorpião.

Ele pode até dialogar com seus adversários, e se sentir triste com a perda deles, mas ele encarará isso como inevitável, visto que seus adversários tentaram transpor uma barreira impenetrável, que é superar o cavaleiro nascido para a guerra.

Ele estuda o adversário, é atencioso com os detalhes, e embora seja confiante e orgulhoso de sua posição, não é tolo ou despreparado, subestimar será restrito às palavras de Kirmizi, porque suas atitudes nunca serão impensadas, exceto em casos onde a vida de alguém esteja em perigo, e não haja tempo para a estratégia ser planejada.
Ele respeita todos que lhe encaram como se quisessem retirar sua vida.
Gosta de exibir a tatuagem em seu lado esquerdo do rosto, que fala sobre "Aceitar o destino", e de discursar sobre ela, fazendo reflexões sobre o motivo do adversário viver e lutar.

Kirmizi não é muito de esboçar reações, ou pronunciar falas durante suas técnicas, ele gosta de abusar do elemento surpresa, como se fosse dar um bote em sua presa.

- Sobre aliados

Sua personalidade é reservada, mas não anti-social. Porém, ele preferirá mil vezes uma conversa inteligente e que lhe dê alguma informação nova, do que uma conversa vazia ou superficial.

A proximidade com mulheres no santuário, lhe fez querer recuperar os anos "perdidos" com tantos treinamentos, ele é atencioso, galanteador, e admirador, de praticamente todas as mulheres que estiverem em sua volta. Mas não hesita em lutar contra uma mulher, seja ela aliada ou inimiga, e até acha sexy uma mulher no campo de batalha.

Cavaleiros de prata ou bronze, pra ele são soldados, os trata de forma igual, não desfaz ou submete ninguém a situações constrangedoras, mas exige certo respeito com sua posição, como ele mesmo tivera com os outros cavaleiros de ouro em sua chegada no santuário.

- Atena e Grande Mestre

Reconhece seu lugar no exército de Atena, e a segue fielmente, sabendo que os deuses já haviam decidido tal coisa, antes mesmo de nascer.

- Geral

Sua auto confiança é baseada em seu falar, e agir, em seu olhar profundo, na sua voz calma e límpida, que por vezes fala pausadamente para que o ouvinte possa degustar de tais.  



Aspectos Corporais:


- Vestuário

Sem sua armadura, usa roupas que herdou de Taru, peças únicas, interiças, que até lembram vestidos, ou quimonos, sempre busca usar, seja anéis, cordões, ou as próprias roupas, da mesma cor de seus olhos e cabelos. Perfumes de Fragrâncias exóticas contaminam seu corpo.
Usa sandálias, ou anda descalço, dependendo do seu humor.

- Traje

A armadura do Saint Seiya Clássico.

- Face

Uma tatuagem recentemente feita, após assumir a casa de escorpião, tem a cor vermelha, e é um escrito, do qual ouvira falar que significava "Aceite seu destino". Seus olhos são vermelhos, de um brilho intenso, são uma marca poderosa do escorpião, e influenciam diretamente na segurança que transmite, mesmo de linguagens corporais.

- Corpo

Falso magro, ou nem tanto, ele possui músculos visíveis que superam as roupas que costuma usar, e os deixam visíveis. Tem 1.85 de altura, e 80Kg distribuídos perfeitamente.

- Cabelo

Um pouco mais claro que seus olhos, podem ser usados soltos, ou em pequenas tranças, vão até sua cintura.

- Voz

Na medida certa, não é grossa ou fina, mas segue uma frequência capaz de atingir falas de comando sem se tornarem inaudíveis, ou fortes demais que não consigam guardar segredos ao pé do ouvido.

- Ações

Caminha de forma tranquila, geralmente fica meditando na casa de escorpião usando a posição de lótus, em batalhas nunca assume uma postura feroz, tendo quase sempre um semblante de se estar entediado com a luta.

Habilidades:


Técnicas:


História:

Prólogo - O Pedido de Um Homem, A Providência Divina

Tibet, 1708, entre as montanhas que formam a cordilheira do Himalaia, sobreviventes da Lemúria habitam. Seu sistema é pouco desenvolvido, mesmo para a época; porém são reclusos, e evitam o contato com "estrangeiros". Mas como toda regra tem exceções, existia um Lemuriano que já havia viajado, no que chamou de "A aventura de sua vida". Althdore era um homem visto com maus olhos pelos demais Lemurianos, que eram raros, na verdade é preciso dizer que além da família que vivia próxima a sua, ele sequer tinha ideia da quantidade de Lemurianos que estavam vivendo entre as colinas.
Eles não eram desunidos quando se tratava de ameaças, mas geralmente cultivavam suas famílias longe uma das outras, talvez como forma que mediante um acontecimento terrível que gere mortes, seus segredos, e integridade; permaneceriam intactos. Voltando a falar de Althdore... por ter ficado anos longe de sua "terra", era visto como uma afronta, e muitos diziam que os deuses, que outrora teriam sido os responsáveis por acabar com o continente de Mú, iriam se vingar de Althdore.

Ele não muito se importava, sua esposa nem sempre concordou, mas achava digno as melhorias que ele tentava fazer pelo pequeno local onde viviam, onde haviam Althdore, Muergina(sua esposa), Calterde (seu irmão), Lífara (esposa de seu irmão), e Jhialig, uma anciã que havia cuidado de Althdore e Calterde desde que erm crianças. Embora o metabolismo dos Lemurianos fosse diferente dos humanos, eles precisavam se alimentar, e em meio às montanhas a caça não era fácil, e o plantio de alimentos muitíssimo prejudicado pelo clima.

Althdore havia criado laços com uma tribo na Índia, e conseguido sementes que dariam um alimento capaz de providenciar opções diversas em sua utilização. Hoje conhecemos como Mandioca ou Aipim, mas naquela época Althdore chamava de "Raiz Branca". Ela necessitava de água, mas não tanta quanto o arroz, e a altura não lhe fora nenhum problema. O momento feliz fez o útero de Muergina florescer, e gerar uma semente. A gravidez entre os lemurianos era uma alegria imensa, seus organismos trabalhavam de forma desigual aos humanos, e talvez esse tenha sido um dos principais motivos para não conseguirem recuperar o número que eram, na época de ouro de seu continente.
O cosmo era algo consciente entre os Lemurianos que conheciam Athena e sabiam que a importância da deusa para a terra, era algo sagrado que deveria ser protegido, Althdore torcia para que seu filho nascesse homem para se tornar um guerreiro, até o século 20 não poderíamos chamar isso de machismo, mas sim de cultura da época, o homem era o guerreiro, e por isso muito provavelmente se nascesse uma mulher, Althdore não a pediria para ir fazer parte das forças de Athena.

Jhialig tinha um excepcional domínio de seu sexto sentido, e era fiel às tradições até certos pontos, e temeu quando percebeu, meses depois, que no ventre de Muergina habitavam duas vidas. Gêmeos era um sinal de mal presságio, e diante das suspeitas que todos tinham de Althdore, Jhialig resolveu guardar o segredo, mas sabendo da dor que os corações de Althdore e Muergina poderiam provar, ela resolveu lhes contar tudo. Althdore foi até o ancião mais sábio que conhecia, ele vivia na parte mais alta das montanhas e diziam que ele era tão velho quanto as mesmas, eles conversaram por metade de um dia, e o ancião previu ao fim do dia:

"Duas sementes sairão do ventre de sua esposa, uma luz vermelha guiará um, e o fará grande de forma que viverás e servirás a um deus. O outro nascerá guiado por uma luz rósea, e trará prosperidade a este lugar, mas as luzes não conviverão juntas... Eu vejo dois grandes poderes, mas só um futuro. Você queria que sua semente servisse a filha de Zeus em suas forças, mas temeu que nascesse uma menina, e neste caso desejaria que ela vivesse aqui, os deuses ouviram suas preces, pois Jhialig tinha suspeitas de que é um casal, a semente de sua mulher."

Althdore muito se alegrou, e ficou animado, mas o ancião ainda tinha algumas palavras para lhe dizer...

"Chegará o dia em que os deuses poderão cobrar seu pedido... A luz vermelha deverá seguir os raios de Zeus, se não você perderá ambas as luzes, e sua vida cairá na escuridão. Zeus colocou o escorpião de um lado do céu, e Órion do outro lado, exatamente para nunca mais terem contato. Você alcançou dois pedidos de uma única vez, permita que essa luz vermelha cresça, e ilumine a humanidade, talvez eles, os humanos, tenham algo que nós nunca poderíamos ter, e por isso foste nos dado horrendo destino..."

O ancião se teletransportou, deixando Althdore sozinho, que se lamentou pelo que havia pedido aos deuses, ao mesmo tempo que se tinha felizardo por seu pedido ter sido atendido.


Capítulo 1 - Kirmizi e Leylak

A noite de 24 de outubro de 1709, com o céu estrelado, de ventos contidos, e de clima acolhedor, foi o cenário do nascimento dos gêmeos. O segredo deveria ser guardado, e somente o irmão de Althdore e sua cunhada, sabiam... Por isso manteram segredo sobre o dia do nascimento das crianças. Althdore se lembrou das palavras do ancião no exato momento em que viu seus filhos, uma menina com suas marcas faciais lemurianas numa cor rósea, que parecia lilás, e o outro era um menino com suas marcas vermelhas. Ambos romperam o silêncio daquela noite com seus choros, que esbanjavam vida e saúde. Jhialig havia feito o parto, e 3 horas depois tinha tudo acontecido perfeitamente.

Com as crianças já nascidas, muitos Lemurianos passaram a achar ainda mais estranha a família de Althdore, mas eles não os tratavam mal, tampouco planejavam fazer injustiça contra as crianças, mas eles se afastaram, e ainda falavam, agora mais do que nunca, sobre como Althdore um dia sofreria duras penas nas mãos dos deuses... mal sabiam que Althdore havia sido atendido por suas preces ao deuses.

- 1719

Com 10 anos, o filho de Althdore mostrava mais intensamente os sinais do desejo dos deuses, seus olhos ficaram definitivamente vermelhos ao passar dos anos, e seu cabelo que no início era ruivo, escureceu, obtendo a mesma cor dos olhos. Althdore havia colocado seu nome de Kirmizi, que na língua falada pelo império que havia dominado o continente todo nos últimos séculos, significava "vermelho". Tudo parecia caminhar para que o garoto fosse realmente iluminado por uma luz de tal cor. Porém, a esposa de Althdore não era tão compreensiva, e não suportava a ideia de ter que entender tal futuro... Por vezes ambos discutiam, mas numa dessas vezes, Kirmizi ouviu o pai falar sobre o santuário, e curioso perguntou-o, obtendo respostas, e até mesmo histórias do envolvimento dos Lemurianos com Athena. Kirmizi então abraçou aquele futuro pra si, mas na verdade os deuses já o tinham escolhido dentro do ventre da sua mãe. Leylak era uma menina de cabelos lilás, e olhos de igual cor, era mais tímida que o irmão, e passava seu tempo com sua mãe, ela tinha um carisma quase impossível de se evitar, e conseguia comover os Lemurianos com seus pequenos discursos sobre a necessidade de se caçar os animas em determinadas épocas, para que assim eles tivessem chance de serem felizes com suas "famílias". Mais uma vez Althdore entendia as palavras daquele velho ancião, e via tudo se concretizar.

Althdore teve uma última conversa com sua esposa, e então decidiu levar Kirmizi para o destino que havia escolhido, àquele que os deuses haviam escrito, Althodre então revelou porque em sua última viagem, em 1708, havia ficado tanto tempo fora, ele disse que havia encontrado um mestre espiritual (Budista, acho que o termo não existia), e este lhe falara muitas coisas acerca do tempo, e da origem das coisas, foi ele que tinha dado muitas sementes para Althdore, seu nome era Tarus, o mestre do fogo. Tarus era um senhor de pele morena, tinha a cabeça raspada, e aparentava ter mais de 70 anos, mas seu vigor era invejável, seus olhos eram azuis claríssimos, de forma que o contraste com sua pele, o tornava um homem enigmático desde sua aparência.
Althdore levou poucos dias para chegar ao templo de Tarus, graças às suas habilidades Lemurianas. A intenção de Althdore, era fazer com que Kirmizi tivesse seu cosmo treinado por Tarus, que tinha uma visão tão profunda das coisas, e tinha controle sobre o cosmo. Mas Althdore se surpreendeu quando Tarus lhe saudou:

"Então viestes? Realmente as estrelas não mentem... 'a luz que lembra o sangue atravessará a cortina do meu humilde templo, e refletiria na minha face, o inocente sorriso de uma criança', foi isso que as estrelas me disseram. Há quanto tempo meu velho amigo, fico feliz em ver a sua face."

Após os cumprimentos, e saudações; Althdore contou tudo que havia acontecido nos últimos 10 anos, Tarus compreendia o que havia lido nas estrelas, e agora entendia o propósito de um dia ter conhecido Althdore.

"Althdore, no dia em que nos conhecemos, os deuses estavam olhando para este mundo, e desenhando o que chamamos de futuro. Há 50 anos meu mestre me deixou responsável pela armadura dos deuses, que aquela foi feita do sangue da filha do grande Zeus, ele disse que as estrelas esconderiam a face, quando o momento do seu sucessor chegasse... eu fiquei um ano inteiro, sem poder contemplar as estrelas, não digo "ver" no sentido de usar meus olhos, mas sim de senti-las como se estivessem existindo dentro de mim.
Eu tinha 17 anos quando meu mestre disse que eu estava pronto, mas eu tinha sido adotado, não sabia quando havia nascido, e ao que pareceu; minha alma não nasceu regida pelo escorpião que Zeus prendeu nos céus. Foi uma decepção para mim, mas meu mestre sabia que eu era especial, e que de alguma forma faria parte do legado dele. E quando eu completei 23 anos, ele partiu para a próxima jornada de sua alma... desde então espero pelo dia em que os deuses, ou um homem digno venha buscá-la; a armadura feita de sangue, e que representa o escorpião dos céus. Você veio aqui pedir para que eu ajudasse seu filho a usar o cosmo, mas parece que foram os deuses que decidiram isso."

A conversa se estendeu até ao anoitecer, e pela manhã do dia seguinte, Althdore se despediu do filho, que ainda não sabia bem o que iria acontecer, e sentia medo e insegurança, afinal se tratava de uma criança de 10 anos.


Capítulo 3 - O Treinamento

- 1719 - 1724

Taru era mais que um mestre especialista no fluxo de cosmo, mas também uma pessoa querida por toda a tribo que habitava próximo ao seu "templo" que na verdade era uma espécie de cabana, deslocada dos lugares mais movimentados, não muito longe das fronteiras da Índia. Taru era conhecido por sua maestria com o fogo, o controle da queima entre oxigênio e cosmo fazia com que as chamas se submetessem à influência psíquica de Taru. Mas suas habilidades eram bem mais vastas, além de ser sempre atencioso com o mundo a sua volta, uma qualidade que lhe permitia ser sempre manso na sua forma de agir.

Ele mostrou a Kirmizi todas as possibilidades de se dominar o sexto sentido, de tocar o cosmo e trazê-lo para fora. Ele deixou claro que daquele momento em diante, a expressão "impossível" seria quase extinta do vocabulário do menino. Ele lhe deu uma boa demonstração dos usos do cosmo, mostrou como o sangue que corria nas suas veias poderiam lhe ajudar a desenvolver com mais rapidez o cosmo, e influenciá-lo no domínio das mais variadas forças.
Foram muitos dias lecionando sobre cosmo, universo, deuses, cavaleiros, guerras santas, como toda criança, Kirmizi nem sempre suportava ficar apenas escrevendo e lendo, ou ouvindo as histórias de Taru, mas a curiosidade era maior que sua energia juvenil, e por fim ele sempre ouvia e fazia as pesquisas que Kirmizi lhe pedia. O templo de Kirmizi era um refúgio para muitas crenças, o que era visto com maus olhos por muitos, mas Taru parecia não se importar com tais coisas, e sempre compartilhava dos muitos papéis e livros, muitas vezes mal confeccionados, que guardavam informações sobre tudo que pudesse preencher os vazios do ser humano.

Com o passar dos meses, Kirmizi dividiu os estudos com as práticas, onde meditava constantemente com Taru. O sangue do escorpiano fervia, e ele se sentia preso a Taru, não via sentido em tudo aquilo, ele olhava os garotos e sua idade, brincando com pedaços de madeira como se fossem espadas, e queria estar com eles, afinal como alguém poderia ficar forte apenas sentado, estudando e meditando? Mas os meses seguintes fariam Kirmizi começar a entender seu treinamento, os meses eram varridos como folhas lançadas ao vento, e se tornavam anos. Kirmizi agora emanava um cosmo de cor vermelha, ele conseguia fazê-lo tomar forma, ele finalmente entendia todos os meses em que meditou e amplificou sua cosmo energia, mas Taru deixou claro que o treinamento ainda estava muito distante de acabar.

Agora Kirmizi treinava e lapidava suas habilidades lemurianas, Taru já não o confinava no templo, mas caçavam juntos. A caçada era uma forma de relaxar e sentir a natureza, e Taru suspeitava que a armadura do sangue da filha de Zeus, que simbolizava um escorpião, retratava o escorpião que há muito tempo lutou contra Órion, o caçador. Taru também lembrou-se do que Althdore havia lhe dito sobre a profecia do ancião lemuriano, de fato Kirmizi se mostrava um grande caçador, toda a personalidade altiva e indomável do jovem, desaparecia durante a caçada. Era como se fosse outro Kirmizi, Taru ficava tentando entender o motivo disso ocorrer, e por isso passou a ir todos os dias caçar, às vezes para o alimento, outras apenas apreciar a mudança de temperamento de Kirmizi, no entanto ele jamais permitia que Kirmizi matasse um animal sem necessidade.

O treinamento seguia, e as habilidades que vibravam no legado místico no sangue do jovem garoto, pulsavam extrapolando os limites de seu domínio cósmico, e se revelavam como totalmente domáveis a Kirmizi. Em 1724, quando completou 15 anos, foi visitar seus pais, junto de Taru, aquela época foi importante para Kirmizi, que contemplava a inteligência de sua irmã, e gozava do calor de seus pais.
Quando voltaram para o templo de Taru, Kirmizi estava mais confiante, havia recuperado seu ânimo, as palavras de sua família aqueceram seu coração, e ele pediu a Taru desculpa por tantas vezes que desobedeceu a este, e garantiu que estava pronto para ser treinado intensivamente por este, até conquistar a armadura de escorpião, e então ir viver todas as aventuras que Taru lhe falara.


- 1724 - 1734


Dez longos anos, fizeram o jovem Kirmizi sair do domínio de suas habilidades, para a criação de suas próprias técnicas, ele tinha 25 anos, e já havia treinado por 15 anos no templo de Taru. Seus poderes o fizeram quase tão respeitado quanto Taru, ele passava o conhecimento adiante para as crianças daquela área tão afastada das grandes Vilas. Assim como Taru, tornou-se mestre das chamas, e usava sua telecinése para dominar os efeitos destrutivos de suas chamas.
Ele tinha técnicas que lhe permitiam atingir um alvo antes que uma folha lançada pela mão de Taru pudesse tocar o chão. Era uma velocidade assombrosa, ele aguardava ansioso o dia em que Taru o liberaria para sua jornada, mas este dia parecia nunca chegar, Kirmizi questionava seu mestre sobre quanto tempo mais teria de ficar treinando, mas Taru conhecia os defeitos da personalidade de Kirmizi, no fundo ainda sentia que seu espírito estava indomável, ele queria que Kirimizi alcançasse o mesmo poder de seu antigo mestre, mas para isso ele teria de ter os mesmos olhos, e alma, de quando caça.

A luz da constelação de escorpião teria de refletir no espírito de Kirmizi não só em suas caçadas, mas também em suas meditações, e em suas condutas. Taru tinha certeza de que Kirmizi teria dois caminhos para escolher, e numa noite quente, e movimentada nos arredores do templo de Taru, Kirmizi decidiu seguir seu caminho. Disse que não poderia mais apenas ficar esperando como se não fosse capaz de lutar, ou se não tivesse poder. Ele usou palavras fortes, um tom alto, e com olhos brilhantes de emoção, declarou que já não aguentava o tédio de estar ali, que tinha de ir até a Grécia, conhecer e fazer parte do exército de Atena. Taru tentou convencê-lo de que faltava algo em seu espírito, mas foi em vão... Kirmizi partiu do templo de Taru, levando consigo uma bolsa onde já tinha pegado alguns pertences. Taru se sentiu triste, mas quando olhou para aquele céu estrelado, sorriu quando pareceu "ler" algo nas estrelas.


- Capítulo 4  O Confronto Interior

1734 - 1742


Após caminhar por dias, Kirmizi sentia um peso em seu coração, ele lembrava de sua infantilidade ao tratar seu mestre daquela maneira, e que para quê serviria na Grécia, sem sequer ter uma armadura? Kirmizi tentou fazer boa parte de seu percurso por florestas, já que se sentia a vontade no meio delas. Com aproximadamente mais de 10 dias de caminhada, Kirmizi avistou um pequeno córrego, com águas cristalinas, e pedras cinzas, era um convite para qualquer viajante descansar naquele lugar. Kirmizi se banhou nas águas, e ficou a refletir sobre sua vida, olhando para o céu azul, onde nuvens pareciam seguir seu curso sem se importar com ele. Kirmizi se lembrava das profecias que seu pai falava, sobre ter nascido pra seguir uma luz vermelha, mas a correnteza daquele córrego levava suas esperanças, e ele só pensava em desistir definitivamente de tudo.
Foi quando ouviu passos, e tentou correr para se vestir, uma voz velha e próxima, lhe saudou:

- Pode ficar a vontade viajante... eu vim apenas conversar com as águas.

Kirmizi se surpreendeu quando viu um homem de meia idade, e altura mediana, lhe dizer aquelas palavras de olhos fechados, e ficou ainda mais impressionado quando percebeu que o mesmo era cego, seus olhos eram totalmente brancos, sem brilho. Kirmizi iria saudá-lo, mas o homem simplesmente ignorou o jovem, e continuou falando:

- Sinto uma presença muito poderosa vindo de você, mas seu espírito está tão manchado por dúvidas, que você está fazendo as águas ficarem amargas, veja; ela quer me dar esses dois, isso significa que ela quer que você retire seu espírito violento dessa água, e venha comer comigo.

Kirmizi viu as águas subirem como se fossem serpentes, e darem dois peixes na mão daquele homem. Ele não tinha olhos para ver, mas parecia enxergar mais que o próprio Kirmizi. Ele então aceitou o convite do homem sem questionar, já estava acostumado a lidar com pessoas sábias, e aquele homem transmitia isso de sobra para Kirmizi. A conversa se iniciou, se despediu do dia, e quando a noite caiu, os dois ainda estavam conversando, Kirmizi havia falado tudo sobre sua vida, e aquele homem também revelava muitas ao jovem, entre elas, ele disse ser o antigo cavaleiro de bronze de Dragão, e que havia lutado ao lado do antigo cavaleiro de ouro de escorpião, ele disse que entendia a visão de Taru, afirmando:

- Uma luta não pode ser vencida apenas com força, a alma, o cosmo e o corpo devem ser apenas um. Seu poder é intenso, mas você não tem o equilíbrio necessário para ser um cavaleiro da esperança, porque cavaleiros da esperança não lutam por fúria, não permitem que emoções assim os dominem. Estou certo de que você também sente que às vezes suas emoções ultrapassam a razão... -

O ancião se levantou, e saiu caminhando lentamente, a os pedidos de "Espere!" de Kirmizi, ele apenas se virou e disse:

- Taru é um grande sábio, mas nunca fora um cavaleiro... este velho que comeu peixe contigo, já esteve nas forças de Atena, se quiser mesmo se tornar o cavaleiro de escorpião, me siga, e eu farei você findar seu treinamento com Taru, do contrário; volta para sua terra, e veja qual dos destinos que os deuses supostamente previram é verdade... -

Kirmizi se conteve por alguns minutos, mas seguiu o ancião, que não lhe revelou o nome em momento algum. Caminharam por entre as densas matas durante toda a noite, e ao amanhecer chegaram a um pequeno vale, onde havia uma cachoeira, o ancião entrou por trás da água, Kirmizi o seguiu curioso, era uma caverna de tamanho considerável. O ancião disse que iria descansar, mas o trabalho de Kirmizi não seria fazer o mesmo, e sim tentar levitar, usando telecinése em seu próprio corpo. Kirimizi então levou apenas dois dias para que dominasse a levitação, aquela seria a primeira parte do seu aprendizado, o restante seria focado em se conectar com a natureza ao seu redor, estendendo seu cosmo até fixar ligações com os elementos da natureza. O vínculo com o fogo que Kirmizi aprendeu com Taru, o prejudicou a dominar a água, o vento, e a terra, e por isso Kirmizi não mostrou nenhuma evolução durante o primeiro ano em que ficou com o ancião.

O ancião falava sobre a instabilidade do domínio de Kirmizi, ele deveria soltar sua mente, e entregar-se ao seu destino, deveria ser coerente entre sua vida, e toda a natureza ao seu redor. O ciclo do entendimento de sua mente estava preso, a sentir para entender, mas deveria ser quebrado para primeiro entender, e depois realmente sentir, não só fisicamente, mas com sua alma. Ver, mas não só com seus olhos, e sim com seu cosmo e espírito. Kirmizi deveria olhar para seu futuro, mas pensar no hoje, colocar os pés sobre o caminho de pedras pontiagudas chamado vida, e ignorar as feridas inevitáveis dela.
O ancião dizia que Taru havia treinado um homem capaz de vestir uma armadura, mas que uma armadura no corpo de um homem, não era suficiente para lhe fazer um cavaleiro de Atena.
Kirmizi tentava compreender àquelas palavras, tentava se manter focado em desvendar os poderes mais ocultos e sublimes, ficava sentado em posição de meditação sobre as águas que se amontoavam abaixo da cachoeira, tentando usá-las ao seu favor.

Kirmizi não percebia, mas ele aos poucos fazia com que a água se mexesse ao seu redor, aquilo foi uma grande vitória, ele havia ficado profundamente feliz, e o ancião o lembrava que o poder de um cavaleiro está em seu coração e na sua mente, não nos seus punhos.
O choque com seu interior seria inevitável, confrontar verdades absolutas que limitavam a mente e o coração, fizeram Kirmizi ter dificuldades em manipular a água, e ter acesso aos demais elementos. Foi um processo longo, incômodo e repleto de quebra de tabus, onde Kirmizi adquiria uma postura mais madura, e tentava expurgar sua ansiedade, seu temperamento explosivo e impaciente, e por último dominar os 4 elementos da natureza, se equiparando ao domínio do cosmo que o ancião possuía. Nestes anos de treinamento, Kirimizi dominou seu sétimo sentido completamente, tendo acesso às reservas mais remotas de seu cosmo, e se tornando mais poderoso do que um dia teria pensando ser...  

Quando finalmente Kirmizi tornou-se capaz de manipular os elementos, haviam se passado 8 anos. Ele só buscava se tornar um só com a natureza, e sua mente já não se preocupava em trajar a armadura de escorpião, mas o ancião o lembrou de seu destino, e disse que Hades havia despertado, o grande inimigo de Atena, o motivo da guerra ocorrer a cada dois séculos, o ancião pediu que Kirmizi abraçasse seu destino, e que se este não fosse verdade, porque ele teria ido tão longe atrás de se tornar tão hábil? Kirmizi sentia certa culpa ao se lembrar de sua família, e de seu mestre, mas sentia o arder em seu coração, como quando completou 15 anos, como na noite tão especial que havia estado com sua família. Kirimizi já havia se esquecido de outros encontros mais recentes, mas aquela noite fazia sua esperança reacender, aquele tinha sido o dia em toda sua vida que ele mais desejou abraçar seu destino, e se este dia lhe fazia, mesmo após tantos anos, arder em chamas, então ele não teria outro futuro que não fosse cumprir o propósito de sua existência.

Kirmizi seguiu seu coração, e foi para o templo de Taru, que lhe recebeu de braços abertos, e lhe revelou que há 8 anos as estrelas da noite em que ele havia partido; tinham lhe mostrado que um dia ele voltaria para assumir sua missão, e proteger a humanidade. Taru podia sentir o cosmo do guerreiro, era um cosmo que fluía como uma leve brisa, mas era denso, tornava o ar pesado, os olhos de Kirmizi cheios d'água falavam mais que sua boca trêmula, e então finalmente Taru lhe mostrou a urna da armadura de escorpião, e antes que pudesse abri-la, ela reconheceu Kirmizi como seu senhor, e vestiu seu corpo. Estava consumado! O menino que caminharia sob uma intensa luz vermelha, lutaria ao lado de um deus. Kirmizi havia aprendido muito sobre a teoria do santuário, mas só o velho ancião pôde de fato dizer-lhe sobre a destruição de uma guerra.
Kirmizi se despediu de Taru, dizendo:

- Mestre... peço-te que envie flores para minha família, pois Kirmizi estará morto até que essa guerra acabe. A partir de hoje, eu já não tenho casa para morar, ou abrigo para recorrer. Eu simplesmente sou a luz vermelha de uma esperança acomodada em cinzas que dançam no vento. A partir de hoje, eu serei apenas Kirmizi de Escorpião, obrigado por tudo, meu senhor. -

Não querendo prolongar a dolorosa despedida, ele se teletransportou diante dos olhos do seu mestre, e foi para o lugar mais longe que pudesse ir...


Capítulo 5: Kirmizi de Escorpião, O Cavaleiro de Ouro de Olhos Vermelhos

- 1542/1543 (Atenção: Devido às diferenças entre fichas, e linha do tempo, deixo o Capítulo 5 em data imprecisa, para que seja encaixado conforme ser possível. Os demais capítulos, inclusive o Epílogo, estão devidamente coordenados.)


Kirmizi não conhecia, nem sabia a exata localização da Grécia, ele vagou por 4 meses antes de encontrar o local de fato. Kirmizi carregava consigo a urna da armadura protegida por uma capa, para não chamar muita atenção, mas quanto mais ele caminhava para o lugar que chamavam de santuário, ele via os olhares ficarem mais concentrados em sua pessoa.
Até que finalmente avistou algo no mínimo familiar; um homem vestindo uma armadura de cor prata, ele iria se aproximar, mas se chocou quando viu a quantidade de cavaleiros que o lugar abrigava. Ele olhou ao seu redor, só havia cavaleiros trajando armaduras de cores diferentes da sua, ele não era especialista em metais, mas achava difícil só sua armadura ser tão dourada.

Ele resolveu trajar sua armadura, e quando o fez, muitos olharam espantados. Talvez não fosse de fato, um costume; cavaleiros de ouro andarem pelos arredores do santuário. Ele perguntou a um jovem, que não aparentava ter mais do que 13 anos, como faria para chegar até Atena, o jovem apontou para uma escadaria ao longe, que estava fixada em meio à imensas rochas. Ele caminho até o local, e após uma escadaria consideravelmente grande, ele avistou uma espécie de templo.

- Casa de Áries

Kirmizi observou a imensidão do lugar, e como a luz parecia não clarear muito mais do que alguns metros da porta, não porque soubesse, mas por instinto; Kirmizi resolveu não entrar sem antes anunciar sua chegada.

- Eu sou o cavaleiro de ouro de escorpião, herdei a armadura do aluno do antigo cavaleiro, que se refugiou na Índia, há mais de 70 anos. Gostaria de me apresentar a Atena. -

O silêncio que prosseguiu quase convidou Kirmizi a entrar, mas na sua frente uma figura trajando uma armadura da mesma cor que a sua, e sendo esta ainda mais imponente, com poderosos chifres que envolviam o pescoço de seu usuário, disse-lhe:

Canda de Áries: De fato vejo que és um cavaleiro de ouro, todavia poderá provar sua lealdade a Atena, nessa casa de Áries?

O cosmo de Canda se espalhou pelo local, e os olhos do guerreiro, que lembravam as águas da cachoeira que Kirmizi treinou por 8 anos, se revelaram ameaçadores. Em suas mãos era possível ver ataduras, que para Kirmizi significavam marcas de batalhas. Kirmizi não sentia maldade, sendo emanada do cosmo do ariano, mas ainda resolveu apaziguar de vez aquele encontro.
Fazendo uma reverência, Kirmizi abaixou sua cabeça, e levou a mão direita até o peito esquerdo, e usando um tom baixo, claro e respeitoso, disse:

- Peço por favor que me leve até Atena, eu nasci ouvindo histórias de que serviria à ela por decisão dos deuses, como podes ver, a armadura de escorpião me aceitou, julgue-me o quanto quiser, mas peço que pelo menos envie essa mensagem para Atena. -

Canda sentiu sua própria alma ser confrontada com a atitude do cavaleiro, por vezes ele mesmo já havia se perguntado se era digno de ser um santo, e este na sua frente dissera que por toda uma vida, fostes dedicado a este destino.  Canda também pôde observar que Kirmizi era um lemuriano, igual a si próprio. Então retirou o elmo de sua armadura, e exibiu as manchas de seu povo, ele apenas sorriu para Kimizi, mas não disse nada, talvez soubesse da família deste, mas talvez aquele não era o melhor momento para conversar.

Canda de Áries:  - Podes seguir, mas aviso... Existem muitos cavaleiros te observando desde que colocou os pés neste local. Cuidado para não mentir, ou morrerá junto de suas palavras. -

As palavras de Canda ecoaram na alma de Kirmizi, que seguiu seu caminho, apertando a mão do ariano.

- Casa de Gêmeos

O caminho até Atena não era fácil, foram muitas perguntas na casa de Touro, e logo Kirmizi chegava na casa de Gêmeos. Estátuas belas e paralelas faziam o portal da entrada, onde uma mulher não tão feminina, à primeira vista, esperava pela chegada do escorpião. Seus olhos e cabelos rivalizam na busca pelo encontro do negro absoluto.

- Err... eu gostaria de me apresentar a Atena. Para ser reconhecido como cavaleiro de ouro, e lutar ao lado dela. Posso passar? -

Kirmizi gaguejou, não sabia se ela era uma amazona ou um cavaleiro, todavia não obteve resposta alguma dela, que tão somente saiu da entrada, e encostou numa pilastra dando passagem para ele. Mas em seguida lhe disse:

Thalia de Gêmeos: - Se Áries e Touro não lhe impediram, deve ser porque deve ter algo de verdade em suas intenções, só não quebre suas "verdades". (Disse usando um tom irônico.)
Kirmizi de fato comprovou pela voz que Thalia era uma mulher. Ele sabia da existência de amazonas devido aos ensinamentos de Taru e Ancião, mas não sabia que elas poderiam compor a elite do exército. Ele se surpreenderia ainda mais na próxima casa zodiacal.

- Casa de Leão / Casa de Virgem

Ao chegar na casa de Leão, Kirmizi se deparou com uma mulher, a julgar pelo corpo. Ela vestia uma máscara, mas que não impedia de ver seus olhos que fizeram o cosmo de Kirmizi acender, ele jamais tinha sentido um poder tão intenso emanado apenas de um olhar. Era como se ela fosse a fera que sua armadura representava, o protocolo que aconteceu nas casas anteriores, fora interrompido pela voz atrevida, e as colocações ácidas que se seguiram...

Aillen de Leão: Não. Não vai passar... volte agora pelo caminho que veio, ou morrerá aqui. E eu não quero limpar o sangue do pátio dessa casa...

Kirmizi ficou sem reação, as complicações que pensou ter jogado fora em sua vida, estavam lhe acompanhando até aquele momento. Mas ele tinha um destino a cumprir, e uma vida para viver ao lado da deusa Atena. Então ele cerrou os punhos, e acendeu seu cosmo, os ventos erguiam seus cabelos vermelhos, da mesma cor da amazona que lhe fizera parar.
Uma luta parecia ser inevitável, mas uma segunda presença faria o confronto ser desnecessário.

Alathor de Virgem aparecera, e após uma conversa de quatro minutos, convenceu ambas as partes a se acalmarem... Alathor acompanhou Kirmizi até passar a casa de Virgem, onde se assentou, e lhe disse:

Alathor de Virgem: Está aqui de corpo, alma e coração, cavaleiro... Sinto que em sua jornada tentou desviar-se desse futuro, mas o abraçou recentemente de forma total. Mesmo na mais escura parte da sua alma, eu vejo refletir sua devoção por sua missão, e flutando no lago calmo do seu espírito, está o reflexo do rosto de Atena. Podes passar pela casa de virgem, mas entenda que os cavaleiros seguintes, também desejarão ver o que reflete na sua alma. -

Kirmizi olhou a face daquele jovem de longos cabelos loiros, e se lembrou por alguns instantes de Taru, devido a imponência no falar, mesmo de forma suave. Ele então se despediu, e prosseguiu em sua caminhada.

- Casa de Libra

O cavaleiro de ouro de libra parecia ser tão rigído quanto a amazona de Leão. Seu cosmo estava aceso, e queimando intensamente, ele porém não fez questão de falar pessoalmente com Kimizi, mas sem dizer uma palavra andou na frente do cavaleiro de escorpião, e ainda de costas, apenas fez uma menção ao sair da casa de Libra.

Shuya de Libra: - Irei te levar até a casa de Peixes, os motivos não lhe interessam, no momento.

Kirmizi seguiu o cavaleiro, que parecia ter pouca idade, devido ao seu rosto.


- Casa de Peixes

Ao contrário do cavaleiro que havia acompanhado Kirmizi até o momento, o cavaleiro de peixes estava sentado na escadaria da casa de peixes, sua beleza não passou despercebida por Kirmizi, que não estava acostumado com os traços em geral dos demais lugares, que não fossem Índia e Tibet. O cavaleiro de peixes demonstrou duvidar das intenções de Kirmizi, mas se sentia pressionado por sua personalidade analítica, quanto ao fato de Kirmizi não ter forçado a passagem em nenhuma das outras casas, exceto a de leão, mas Héktor conhecia bem o gênio indomável de Aillen.

Héktor de Peixes: - Minha responsabilidade não é menor que a dos outros, mas acho que não faz sentido minha opinião ser contrária a maioria que lhe permitiu vir até este ponto. A armadura de escorpião não suportaria habitar o corpo de um traidor, não alguém que manteve-se relativamente imutável até agora. Tenha cuidado Cavaleiro de Escorpião, no fundo todos nós mataríamos por Atena, sem sequer pensarmos duas vezes, é o nosso dever, e o seu também.

Após ser liberado por Héktor, Kirmizi se apresentou ao grande mestre, mas só pôde acenar de longe para Atena, em seguida se dirigiu para a casa de Escorpião, tomar a posição que se tornou sua antes mesmo de seu nascimento.

Epílogo - Cumprindo Propósitos

- 1743

Com 34 anos, 24 só de treinamentos e aperfeiçoamentos, Kirmizi finalmente alcança o equilíbrio que lhe faltara, com sua personalidade devidamente moldada e finalizada após  treinamento com o "ancião". Kirmizi atualmente protege a casa de Escorpião, e espera sua participação na guerra, ele carrega a profecia que antecedeu seu nascimento. Carrega o sangue lemuriano, e depois de ter sido aceito por Atena, tornou-se seguro, e largou de lado a humildade que lhe foi necessária para subir as doze casas.
É extremamente auto confiante, acreditando ter se preparado para a guerra, desde os seus 10 anos de idade.

Fim...


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Ficha Pronta - Kırmızı de Escorpião.  Empty Re: Ficha Pronta - Kırmızı de Escorpião.

Mensagem por Hades Sáb Fev 28 2015, 20:03



aprovado



Sua ficha se encontra dentro dos padrões exigidos para nosso RPG, com isso declaro a mesma aprovada. Peço que aguarde um período de 24 hrs para uma melhor elaboração em seu teste, podendo este ser alongado para 48 hrs em caso de problemas administrativos. Parabéns.  

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Mensagem por Hades Sáb Fev 28 2015, 21:47



Boa sorte



Em um pequeno vilarejo posicionado ao norte de Rodorio, a cerca de quatro dias de viagem do santuário, um grupo pequeno de Muvianos desaparecera, não estabelecendo qualquer contato com o Santuário apos a chegada em tal região. Um desses nada mais fora do que um renomado cavaleiro de prata, Issac de Altar, com habilidades visadas com padrões obtidos apenas pelos doze (treze) dourados. As informações de tal acontecido se espalharam de forma rápida por entre o exercito de Athena, consequentemente chegando rapidamente ao patriarca, que o chamara para um conferencia. Outros alem de você foram a tal encontro: Canda, o muviano de maior habilidade entre os dourados, Thalia outra sobrevivente da especia, Athena e o Patriarca. O assunto ali debatido envolvera a investigação sobre tal ocorrido, e você, o sagrado cavaleiro de escorpião, fora o escolhido para seguir a tal vilarejo na busca de uma explicação. Outra informação que você viera a saber em tal reunião fora sobre o transporte de armaduras de prata recém concertadas apos o óbito de seus antigos cavaleiros.

Informações necessárias: O vilarejo e denominado como a vila do vale, uma vez que esta posicionado em uma zona que mais lembra um vale montanhoso, um local de difícil movimentação para transportes movidos pela força animal (carroças). Devido ao comercio escasso fora um local com um pequeno fluxo populacional, consequentemente possui moradas simples, nada fora do convencional descrito como o obtido pela classe mais baixa da economia da época. Essa população sempre fora descrita como receptiva, porem em sua chegada agiram de forma rude para com a sua presença, não temendo demonstrar o quanto desprezam sua estada na região.

Objetivos: Descreva os fatos desde a reunião com os demais, mencionando lá qualquer informação que você veja como importante, tais como: Armaduras e cavaleiros desaparecidos. Venho também ressaltar que sua chegada por entre o vilarejo, assim como sua estada no mesmo, deve ser mencionada, ressalto que nenhum morador ira cooperar com sua investigação, por esse motivo deixe claro os meios usados pelo cavaleiro. Viso também que o desaparecimento das armadura pode vir a ser classificada como traição, o que envolve sua batalha contra Isaak, ou como um atentado contra ele, o que envolve uma batalha contra um renegado ou espectro. Estes são os pontos que mais cobrarei por entre o teste, ou demais serão denominados como extras. Boa sorte.

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Mensagem por Hrist de Polaris Seg Mar 02 2015, 17:57






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Sangue, Lágrimas,

e o Coração Imutável.


- Casa de Escorpião, Noite do Dia Anterior

O céu estrelado refletia nos meus olhos lembranças de toda a minha vida... Previsões do grande mestre Taru faziam pessoas de diversos lugares irem se consultar com ele. Eu jamais olhei as estrelas de forma que não fossem apenas pontos brilhantes no céu, nunca adquiri a habilidade dele, e por mais que me esforçasse; nem mesmo entendia o funcionamento dela.

A noite no santuário era mais silenciosa que o dia (naturalmente), mas era abraçada por ventos graciosos de muitas direções, o que a tornava extremamente agradável. Desde que eu havia assumido meu posto, preferia sentar-me sob o céu estrelado do lado de fora, do que ficar confinado dentro dela, como fazia durante o dia.  A casa de escorpião estava adornada por fitas de tecido enormes de cor vermelha, e seu cheiro me fazia companhia, de fato era tedioso ficar ali esperando ao invés de agir, um reflexo do jovem explosivo que eu havia sido, mas minha mente livre de descontrole me fazia questionar sobre essa tal "ação".

Deveras existiria um confronto acontecendo longe do santuário? Era improvável, ao menos eu gostava mais de confiar em meus olhos do que nas palavras proclamadas em sussurros por todo o santuário. O lugar era um amontoado de construções antigas que pareciam intactas, percebi que habilidades que diziam respeito à locomoção de forma não-natural; não funcionavam naquele lugar. Era uma poderosa barreira que obrigava todos os visitantes a subirem a pé por aquelas casas, os deuses eram precavidos, e diante de tanta grandiosidade me perguntava como e quando seria cumprido meu destino... Eu já estava ao lado de um deus, o que viria constantemente abrigava meu pensamentos como se fora um abraço de uma mãe carinhosa por seu filho amado, mas àquela altura o que me importaria mais que acreditar? Depois de tudo que havia vivido só precisava seguir o fluxo... A noite se estendeu, e eu caí no sono.

- O Chamado

Os primeiros raios de sol da manhã tocaram meu rosto, me levantei e como de costume observei a fragrância espalhada pelo chão da morada, para ver se alguém teria passado por ali, estava tudo aparentemente em seu estado normal. Haviam pães, não tão frescos, mas ainda comestíveis em minha morada, e somando a refeição com algumas poucas frutas; me saciei.
Fiz minha meditação matinal, estava tentando aliviar a dor de cabeça causada pela noite anterior, a pequena agitação emocional não me fazia bem, eu havia treinado por oito anos apenas para fragmentar e distinguir o necessário do inútil, e ainda sim era, e sempre seria um humano... por isso mais que um esforço, eu precisava suprimir minhas dúvidas.

Por cosmo: "Kirmizi de Escorpião, apresente-se imediatamente no salão de reuniões."

Uma vibração cósmica que me fazia perder o sentido entre realidade e imaginação, invadiu-me a alma, e reorganizou meus pensamentos sobre aquela manhã. Era a voz do patriarca, uma voz poderosa, e ao mesmo tempo gentil, era impossível evitar seu chamado. Aquela voz tocava a minha mente, ignorando o sentido da audição, e me fez bem, de certa forma alguém saber realmente de minha existência naquele lugar.

Saí de minha meditação, e trajei a armadura de escorpião, e andando como de costume, fui para o salão encontrar-me com o mestre. Ainda no fim das escadarias posteriores à casa de escorpião, pude sentir os cosmos de Canda e Thalia se movimentarem não muito longe atrás de mim, mas eu segui meu caminho sem deixar de cogitar que eles ou todos os demais dourados também haviam sido chamados...

- A Reunião

O fim do jardim após a casa de peixes era nostálgico. Fazia com que eu lembrasse de minha própria subida, as portas do salão estavam abertas, o tapete estendido, e ao fundo o mestre sentado como de costume. Eu não sabia bem como me comportar tão formalmente como os demais, eu andava fazendo mais barulho, eu acho, e não tinha palavras tão nobres ou ricas quanto eles, a sensação naquele lugar era esmagadora para mim, parecia que centenas de pessoas estavam observando meus movimentos, eu ainda não tinha me acostumado, e talvez nem conseguiria um dia...

Estava tudo vazio, com a exceção da presença do grande mestre, definitivamente Canda e Thalia estavam se aproximando cada vez mais, e os demais permaneceram em suas casas. Seria uma reunião de Lemurianos? Não dava para concluir, meus passos já tinham completado bem mais que os primeiros cinco metros de extensão do tapete, faltavam não mais de dez metros para me aproximar do mestre, todavia não cheguei tão perto, e numa distância de pelo menos sete metros dele, eu me ajoelhei, apoiando-me sobre minha perna direita, e levando minha destra até meu coração, mantendo a cabeça abaixada, pronunciei; rompendo o silêncio sepulcral que havia.

- Eu, Kirmizi de Escorpião, respondo o chamado de Vossa Excelência. -

A presença cósmica se tornou próxima, e passos foram ecoados naquele salão. Cada um se apresentou como melhor puderam, e eu continuei com a cabeça baixa, e olhos cerrados, olhando apenas até a altura das mãos do grande mestre, e após Canda e Thalia se apresentarem, o mestre discursou:

- Cavaleiros, ouçam atentamente minhas palavras. Isaac de Altar, aquele cujo o poder é comparado aos treze grandes cavaleiros de ouro, desapareceu. Ele estava junto de um pequeno grupo de Muvianos, e desapareceram no vilarejo ao norte de Rodóril, a Vila do Vale.
Armaduras de prata restauradas após as mortes de Kérak de Centauro, Julius de Lagarto, e Steffan de Baleia, também desapareceram, do caminho de Jamiel para cá. Devem imaginar que uma situação assim não deveria ser missão para cavaleiros de ouro, mas a complexidade dela nos deixou focados numa tentativa de traição, e não queremos que a situação saia do controle, com comentários habitando os corredores do santuário.

Eu sei da discrição de vocês em situações assim, por isso os chamei aqui. Canda de Áries, quero que vá até Jamiel e descubra como estão as coisas por lá. Thalia de Gêmeos, faça um censo e levante o número de cavaleiros de prata no santuário. Kirmizi de Escorpião, vá até a Vila do Vale para saber o que de fato aconteceu com Issac, e os demais Muvianos. Certamente o reconhecerá, tem cabelos curtos prateados, e olhos de mesma cor. Reconhecerás também pelo grande cosmo. -

Em meio as palavras do mestre, um cosmo absurdamente suave e amável invadiu o lugar... era Atena, em pessoa; e mais próximo do que jamais pude estar dela. Então inclinei minha cabeça, eu não era digno de olhar o seu rosto, e ouvi atentamente a preocupação dela com todos nós.

- Meus cavaleiros, mostrem a luz nesse mundo onde as sombras tentam cobrir a esperança de todos. Tenham muito cuidado nessa missão, em especial você Kirmizi... por favor não volte de lá sem descobrir o que realmente aconteceu com eles, e quando os encontrar traga-os em segurança para o santuário... -

As palavras da deusa se perderam em seu final, era como se a própria não tivesse verdadeiras esperanças de que estariam vivos, mas eu podia sentir seu coração, era como se invadisse minha alma. Devidamente motivado, eu apenas aguardei a liberação, para então prosseguir em minha jornada. Após alguns minutos, o mestre nos deu as últimas instruções, e seguimos cada um para seu objetivo, eu não troquei nenhuma palavra com os demais cavaleiros, era desnecessário, mas ainda sim desejamos sorte uns aos outros, e pegando água num cantil, me dirigi para o norte de Rodóril, para onde as montanhas tocavam as nuvens no céu.

- A Vila do Vale

A imensidão das montanhas pregava um grande truque que confundia os olhos dos desavisados, e nem mesmo eu pude escapar desse jogo da natureza. Por isso acabei enganando-me sobre a distância, o que eu acreditei que levaria um dia, acabou levando quatro dias, eu não sabia aonde era, não poderia me teleportar, tampouco gostaria de chegar perdendo toda a surpresa... O caminho era de difícil acesso, e as primeiras casas não se diferenciavam das demais, eu me lembrei do vilarejo próximo do templo de Taru na Índia, lá ainda era muito mais pobre que este lugar, mas ainda sim me comoveu ver tão poucos habitantes. Como eu já havia sido um caçador, não foi surpresa imaginar que as caças ali não seria tão vastas...

Carregava a urna da minha armadura, e vestia trajes com os quais facilmente alguém me confundiria com algum místico nômade, mas não foi assim que aconteceu...

"Saia daqui vá embora!"

"Outro daqueles?!"

"Não precisamos de mais sofrimento!"

Eu não compreendia os sussurros, ou as afirmações à média-voz, mas era maduro o suficiente para decifrar os olhos de uma mulher com seu filho entre os braços me olhando como se tivesse um medo absurdo de mim. Três homens estavam no que parecia a única fonte de água do lugar, um estava sentado e os outros dois em pé, eu tentei começar minha investigação, mas foi em vão...

- Bom dia, vocês viram um grupo de pessoas com essas mesmas marcas na testa que eu tenho? Havia um do santuário que fica próximo a Rodóril, vestindo uma armadura prateada. -

Homem loiro: -Volte de onde veio! Não precisamos de mais desgraça.

Homem ruivo: - Isso mesmo!

Homem moreno: Vocês cavaleiros trouxeram uma maldição pra essa cidade!

Eram homens que pareciam serem os últimos pilares daquela vila, olhei ao redor, e todos estavam observando, seja qualquer que fosse o motivo, eu não sentia qualquer sentimento que não fosse medo de mim, eu não precisava assustá-los ainda mais, então tentei prolongar o assunto, e tentar entendê-los, mas também foi em vão...

- Olha, deixem eu beber um pouco d'água, vim de muito longe para procurar essas pessoas que desapareceram, não quero criar problemas, eu apenas... -

Homem ruivo: Não tem água aqui para você, volte de onde veio, cavaleiro!

- Já que não tem outra maneira, ficarei sem beber água, mas não poderei ir embora. Me desculpem, mas minha incômoda presença continuará aqui até que eu obtenha algum tipo de informação. Já que não querem cooperar, ao menos não tentem reagir indevidamente. Vocês usaram a palavra cavaleiro, e isso porque apenas viram minha urna, não que eu ache isso impossível, mas não gostei quando disseram "vocês cavaleiros".
Isso significa que definitivamente outros cavaleiros estiveram aqui. -


Abri as partes de minha urna, e a armadura de escorpião obedientemente me vestiu. Eu olhei para aquelas pessoas, cerrei meus olhos, como se realmente as dissesse para não me seguirem em hipótese alguma, e segui meu caminho. Uma mulher saiu dentre algumas crianças que estavam a minha esquerda, e tentou dizer-me algo, mas foi interrompida por um dos homens que estavam na fonte.

Mulher: Você é mesmo amigo daquele monstro?! Ou veio nos ajudar? Disseram que há uma deusa para além das terras de Rodóril...

Homem ruivo: Cale a boca, Sandra! Sabe o que Issac disse que faria com todos nós, não é?! Mulher idiota! Eu falei mais do que devia! Vamos rapazes!

O homem e seus dois amigos vieram na minha direção como se quisessem de fato me atingir, minha mente ainda estava presa no nome "Issac" e na consideração feita pela mulher, que dava a entender que ele era o tal "monstro". Me virei para aqueles homens, e fiquei parado. Os três pararam, o ruivo que parecia mais decidido ainda tentou vir mais perto de mim, mas eu nada fiz. Apenas fiquei parado olhando para ele com ar de desaprovação, retirei meu elmo e lhe ofereci a face para me bater, ele hesitou, hesitou, mas finalmente o fez. Um soco que apenas fez meu rosto virar.
Um silêncio tomou conta do momento, e aquele homem começou a chorar e caiu de joelhos...

- É preciso muita coragem para tentar atacar um cavaleiro, ainda mais sendo um dos membros da elite do santuário. Até agora vocês não cooperaram em nada comigo, será que terei de apanhar de todos vocês para que confiem em mim? Olhem nos meus olhos, nesse vermelho como o sangue que corre em nossas veias... vocês veem a face de um assassino? Ou como a San... Sandra mencionou, a face de um monstro?
Sim Sandra, há uma deusa no santuário, e foi ela que me enviou para cá. Agora cooperem, ou irei embora, e talvez esta seja a última chance que vocês tenham de se livrar do "monstro". -


Um senhor extremamente idoso se aproximou da fonte, e com uma voz rouca olhou para mim, e abriu a "torneira"(esqueci o nome do mecanismo usado em fontes naturais, mas é antigo), e a água que saiu foi vermelha. Aquilo me espantou enquanto absorvia as palavras do ancião...

Ancião: Não são só seus olhos que são vermelhos... a nossa água também ficou assim. Estamos tendo que dividir a pouca água do riacho, que antes era usada só para os animais.

Sandra: Foi há muitos dias... Issac um homem de cabelos prateados e com uma armadura de igual cor, passou por aqui com algumas pessoas, todos tinham marcas acima dos olhos como o senhor. Eles subiram a colina, onde está a nascente das águas, e desde então elas se tornaram vermelhas, tentamos conversar com ele, mas chegaram outros homens vestindo armaduras de cor escura, e todos nos ameaçaram a guardar silêncio.
Homem ruivo: Agora o senhor entende porque não te disse nada? Ele disse que mataria todos nós... ele tinha certeza que vocês viriam.

Meus pensamentos foram para quatro dias atrás, quando eu estava respirando o mesmo ar que a deusa da sabedoria, da justiça e da guerra. Meu coração se apertou, ela queria que todos estivessem vivos, mas será que suportaria uma traição? Na verdade era ainda pior, talvez eu tivesse que entrar em confronto, e se isso acontecesse... certamente levaria mais dor para Atena.

- Escondam-se perto do riacho que disseram existir... eu subirei até onde estão, e resolverei essa questão. -

Sandra: Trará as crianças da vila de volta?

As palavras de Sandra paralisaram meu corpo... eu já tinha entendido que o vermelho das águas era sangue, mas ouvir que ele teria levado pessoas para lá, crianças... era muito mais terrível do que tinha imaginado.

- Resolverei essa questão, confie em mim. Todos vocês, confiem que a justiça será feita. -

Eu tinha que ser firme, mas a mente de um guerreiro está preparada para a luta, não para a covardia, isso era coisa de seres humanos medíocres que jamais deveriam ter vestido uma armadura. Não olhei mais para trás, e peguei a trilha que levaria até a nascente no alto da montanha.

- O Confronto

30 minutos subindo, eu teria de ser lento, evitar sonos que denunciassem minha chegada, eu me sentia nas florestas abertas com Taru, meu mestre. Só que o que eu caçava não era digno de ser chamado "presa". Eu ouvi um gemido preso, sufocado, podia ouvir o som das águas, e avistei três homens que pareciam ser cavaleiros a julgar pelo porte, mas que vestiam armaduras negras... Não que fossem negras como a noite, mas se aproximavam do brilho de uvas doces.

No fundo da minha visão, um homem de cabelos prateados, com manchas como as minhas. No meio das primeiras pedras onde as águas desaguavam e enchiam como se fizessem uma travessa, estavam pedaços de carne, ossos, cabelos... restos mortais de crianças, e adultos. Havia apenas dois Muvianos aparentemente vivos, estavam visivelmente fracos. O brilho do sol me mostrou três urnas prateadas, exatamente as urnas das armaduras que haviam desaparecido, e no meio daquela rocha em forma de concha onde estava a terrível visão dos restos, estavam as armaduras, ficou claro para mim...

Eles estavam tentando usar os poderes de restauração daqueles Muvianos para consertar suas armaduras, mas elas já haviam sido consertadas! O que então estariam fazendo?! Havia um garoto de uns 10 anos, que seria morto naquele instante, eu tinha de priorizar a missão, mas eu estava alterado demais, como então permanecer imóvel? Me aproximei na velocidade da luz, e quebrei o braço do cavaleiro, sua destra ficara com seu osso para fora, e ele em dores tentava se ajeitar e tomar uma postura de batalha, mas com minha "Estrela de Sangue"(técnica que consiste em concentrar cosmo em um único ponto no dedo indicador e disparar contra o adversário, buscando perfurar seu alvo, e atravessá-lo) eu disparei contra seu crânio, e deixe-o agonizando ao chão.

Os demais ficaram furiosos, e finalmente eu estava diante de todos.

Kérak de Centauro: Desgraçado! Eu Kerak de Centauro vingarei Julius! Você só o acertou porque o pegou de surpresa. Nós estamos muito mais forte agora!

Aquilo era uma situação impossível, como os cavaleiros que haviam sido declarados mortos estavam vivos? Eu mesmo vi o sangue do tal Julius escorrer... Sentia então um cosmo surreal de tão pesado sendo emanado pelos dois que me encaravam sem sequer desviar seus olhares, não tinha muito o que pensar, era uma luta de vida ou morte, e isso já tinha sido declarado há muito tempo! Por Zeus! Eu havia me preparado durante mais de duas décadas, não iria cair na minha primeira batalha... Me lembrei das palavras do Ancião com quem havia treinado...

"Mantenha sua mente aberta, seus pensamentos leves e suaves, não pense em fazer, faça, e quando estiver fazendo; finalize."

Ele geralmente soltava uma pedra sobre a água, e eu realizava alguma tarefa durante esse instante. O cosmo máximo, o milagre do cosmo, o poder que transborda a humanidade do homem aproximando-o por um ínfimo instante, do caminhar dos deuses em seus mundos inalcançáveis. Eu disparei minha Estrela de Sangue na cabeça de cada um, no meio da testa fiz uma perfuração suficientemente profunda para só se sentirem dor após alguns segundos, para só entender o que havia acontecido.

Eu já estava distante dos dois, havia os passado, e apliquei uma técnica baseada em fogo para fazê-los queimar.

- Vocês são lentos até para cair... deixem-me ajudá-los a voltar para o inferno. -

Estava consumado, havia reenviado os três renegados para o mundo dos mortos, e agora àquele que diziam ser o cavaleiro de prata que rivalizava com o poder dos treze grandes servos de Atena, estava na minha frente, com olhos de confiança e segurança.

Issac de Altar: - Não se vanglorie de tê-los derrotado. Eles eram fracos, mas você e eu somos parecidos... fortes não só de cosmo, mas de objetivos, esses olhos desejam glória, e reconhecimento, não é isso que todos os cavaleiros desejam?! Junte-se a mim, seremos imortais, e praticamente deuses ao lado de Hades!

Eu apenas olhei em seus olhos, estava disposto a levar pelo menos ele com vida, para amenizar o sofrimento de Atena, mas ele parecia já estar corrompido, embora que diferente dos outros ele ainda estivesse vestido com sua armadura comum... Seu cosmo era realmente gigantesco, e não mostrava qualquer preocupação com minha presença, certamente não estava fingindo, e nem preocupado com a possibilidade de ser derrotado. Eu resolvi entrar no jogo dele, e prossegui o diálogo, sem baixar a guarda perguntei em tom de desaprovação sobre o que estaria acontecendo ali.

- Me aliar com você? O que estava fazendo aqui, algum ritual para seu novo "deusinho"?-

Issac de Altar: - Quer mesmo saber? Ou melhor; ainda não entendeu? Não é nem sequer um Lemuriano de verdade? Estamos procurando uma forma de forçar as armaduras a atingirem o estágio mais avançado de poder. Armaduras só se restauram através de uma quantidade de sangue de cavaleiro, não é difícil imaginar que elas possam se transformar através do mesmo processo, mas o que aconteceria com uma armadura, em perfeitas condições, se recebesse sangue em abundância? Mas após alguns "testes" eu percebi que só o sangue de um deus seria capaz de fazer tal transformação, então pensei que isso devesse a pureza, então usei essas crianças que nós consideramos puras como meu teste final.

Mas parece que não adiantou muito, não é mesmo?! Hahahaha... preciso ir ao santuário e você pode me ajudar a conseguir isso. Há um lugar, um caminho secreto entre as casas do zodíaco, existe reservas do sangue de Atena, seu Ikhor. Se me levar até este lugar, nos tornaremos os mais poderosos do mundo! -

- Você decaiu muito para sequer vestir essa armadura... terei de manchá-la com seu próprio sangue. Você vai morrer aqui, Issac. Não poderei te levar para o santuário como eu pretendia. Você acha mesmo que eu trairia Atena? Você deve estar desesperado para achar que uma oferta assim poderia me seduzir, você... só pode ser isso. Fez um trato com Hades e agora está desesperado? -

Issac pela primeira vez tirava o sorriso de seu rosto, e agora se mantinha sério, seu cosmo oscilou em picos mais altos, e finalmente pude entender porque diziam que ele era tão assustador como os demais cavaleiros de ouro.

- Agora eu gostei desse rosto... Está sozinho Issac, traiu os cavaleiros que te chamavam de irmão, e se tornou tão vazio que perdeu a completa razão e sentido das coisas. Fez um massacre por um motivo ridículo, tudo porque no fundo você tinha medo de ir até o santuário! Porque fez esse trato com Hades?! -

Ele ergueu sua mão direita e com seu dedo indicador apontando para os céus fez com que tudo ao redor ficasse negro, uma chuva como agulhas parecia cair sobre mim. Aquele era um poder mortal, as agulhas rasgavam minha pele aonde a tocavam, e eu não tive opção a não ser contra atacá-lo, e disparei minha técnica mirando em seu corpo. Era difícil desviar, e a quantidade era absurda, mas eu consegui um ângulo de visão clara e o ataquei com toda a minha força, usando um ataque combinado entre fogo e vento, gerando um Vórtex que envolveu a chuva de espinhos negros.

Por entre o fogo disparei mais uma de minhas Estrelas de Sangue, e o atingi em seu peito. Issac caiu sentindo dores no chão, meu braço esquerdo estava imóvel devido a quantidade de espinhos alojada nele, um espinho maior que os demais estava alojado um pouco abaixo do meu coração, Issac realmente era formidável, havia conseguido me acertar sobrepujando minha visão do perímetro da batalha. Me aproximei para finalizá-lo, e me surpreendi com lágrimas que rolavam de seus olhos, e as palavras gaguejadas pelo fôlego que lhe faltava devido a perfuração de minha técnica.

Issac de Altar: - Que bom que Atena tem cavaleiros como você... eu fiz isso tudo para ter meus companheiros vivos outra vez, pois foi numa missão coordenada por mim que eles morreram. Em troca me tornei um renegado, mas o motivo da armadura de Altar não ter deixado meu corpo, é que meu coração nunca havia deixado de amar Atena. Eu fui um covarde, meu egoísmo me fez envolver tanta gente inocente, porque eu jamais tive coragem de pisar no santuário desde então.
Eu não queria ferir Atena diretamente, estava sendo vigiado, e por isso tive de escolher pela vida dessas pessoas ou a de centenas de outras, eu me tornei um demônio, cavaleiro de escorpião escute; eu... -

As palavras de Issac foram interrompidas por uma rajada de cosmo de cor negra que lhe atravessou a garganta, um homem saiu de entre as árvores, a julgar por sua armadura, parecia ser um espectro de Hades.  

Espectro: - Esses ratos de Atena não servem para nada, o coração benigno do imperador Hades ainda lhe dá chances de se tornarem útil, mas no fim são só restos do que seria um homem de verdade. Eu, Ravel de Minotauro, a Estrela Celeste do Cárcere irei eliminar você, para que faça companhia aos seus companheiros no inferno.

Me perdi em pensamentos, não entendia bem, ou simplesmente não queria entender o que estava acontecendo... como as pessoas podiam ser regidas por emoções daquela forma? Como não evitar fazer uma escolha sem volta que te transformasse em algo que você sequer era? Tudo para manter as aparências diante dos espectros que os vigiavam?
"Restos do que seria um homem de verdade" esses valores corrompidos, então é esse o tipo de guerra que chamam de "Santa"? Uma mente capaz de maquinar o mal, mas um coração capaz de manter uma armadura aquecida pelo calor de um honra jogada ao lixo pelos olhos daqueles que o observavam...

"Issac, espero que sua alma descanse em paz depois de pagar por seus erros. Eu protegerei Atena e a humanidade, como seu coração suportou amar mesmo depois de ter decaído tanto."


O espectro vinha em alta velocidade na minha direção, eu me teletransportei e quando ele passou pelo resíduo de minha imagem, lhe acertei por trás, com três disparos entre nuca e crânio. Já tinha visto muito sangue por um só dia, mas eu queria ver se ele de fato era um humano como nós, e ele sangrou...

- A morte é o fim de qualquer coisa que tenha vida, esse legado pode sobreviver ao tempo, mas não à sua interrupção. -

Libertei os dois sobreviventes Muvianos, e eles me ajudaram a enterrar o corpo de Issac, já que era o único que ainda possuía um corpo, os demais se tornaram cinzas por já não pertencerem a este mundo. Os muvianos fizeram um curativo em meu braço, e no meu peito, e descemos com outras três crianças, além do menino que eu havia salvado.

- O Relatório de Kirmizi

Não suportei ter de explicar todo o acontecido para Sandra, e as demais pessoas, mas resumi o que pude, e deixei a vila do Vale acompanhado pelos dois Muvianos que haviam "sobrado". A água aos poucos voltava a sua cor natural, mas ainda levariam muitos dias para que fosse possível bebê-la. Refiz meus cuidados com meus ferimentos, e meu braço esquerdo aos poucos voltava a me obedecer, porém a pressão em meu peito me incomodava até para respirar, seria difícil até caminhar por horas.
Viemos compartilhando de nossos poderes de teletransporte e encurtamos o trajeto o máximo que foi possível... E na manhã do dia seguinte, chegamos ao Santuário, trazendo as três armaduras perdidas mais a armadura de Altar, além dos próprios Muvianos que também faziam parte da minha missão.

Diante do grande mestre e de Atena, pensei em como as atrocidades poderiam incomodá-los, mas mesmo assim falei tudo quanto tinha acontecido.

- Issac vendeu sua alma ao imperador do inferno, e fez um acordo com ele pela alma dos três cavaleiros de prata falecidos. Ele então mesmo não tendo certeza do que chamou de "experiência", massacrou crianças e outros Muvianos que estavam com ele na tentativa de fazer com que as armaduras de prata dos falecidos se tornassem mais poderosas, atingindo um estágio de evolução superior.

Ele ameaçou os moradores da Villa, que se recusaram a cooperar... mas com um pouco de sorte, e abusando do meu poder, consegui arrancar a verdade deles... Quando encontrei Issac, Julius, Steffan e Kérak; me surpreendi pelo cenário de morte, sangue, destruição... enfim; simplesmente uma gigantesca carnificina. Iniciei o combate para evitar que mais uma vida fosse tirada, e a partir daí aconteceu tudo muito rápido, e no fim houve o confronto contra o espectro que se dizia ser da Estrela Celeste do Cárcere.

Não disse sobre as circunstâncias em que as pessoas morreram para os moradores da vila, mas o número de mortes foi de cerca de 2 adultos, os outros três Muvianos, segundo os próprios, e mais de 8 crianças. Não tinha palavras para dizer àquelas pessoas, e não sei se um dia terei... mas enquanto eu servir como um cavaleiro de Atena, não permitirei que atrocidades como estas venham a se repetir... -


Discursei por cerca de 10 minutos, e no fim as lágrimas me fizeram companhia, eu esperava ver homens lutando até a morte na guerra, mas não estava preparado para ver pessoas sendo mortas apenas pela covardia de outras.
Após meu relato, pedi para me retirar, e fui para a casa de escorpião refazer meus curativos, e repousar para limpar minha mente de toda aquela missão problemática.





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Ficha Pronta - Kırmızı de Escorpião.  Empty Re: Ficha Pronta - Kırmızı de Escorpião.

Mensagem por Hades Seg Mar 02 2015, 18:59



aprovado



Acho que você já pode aderir ao nome Kirmizi de Escorpião, a partir de hoje estou a te declarar como um dos 13. Seu potencial para tal posto já me avia ficado evidente no inicio, por entre a sua historia e seu enredo, porem o teste e uma medida obrigatória de nosso RPG. Parabéns, continue assim ou apenas melhore, de toda a forma sei que acabamos de adquirir um grande membro, um cavaleiro que tem potencial para se tornar uma lenda.

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